2.O transporte do café em São Paulo: das fazendas ao porto, passando por Paranapiacaba

No Sudeste foi onde iniciou verdadeiramente a ferroviária no Brasil,com a Imperial Companhia de Estrada de Ferro De Petrópolis, ligando do Rio de Janeiro até Petrópolis.
Naquela época construir ferrovias pelo mundo era forma  de fazer fortunas, e de melhorar o transporte de animais.
Em 1858 nasceu a E.F.D.Pedro II partindo do Rio De Janeiro visando a integração da capital com outras províncias brasileira e a exportação do café.
Os cafeicultores pressionaram o governo Imperial para a formação de companhias (capitais públicos e particulares e empréstimos ingleses.
Em 1870 D. Pedro II chegou no Sul de Minas Gerais e na Vila de Paraíba, unindo á linha de São Paulo (que transportava passageiros e café)
Em São Paulo surgiu uma rede ferroviária a Companhia:
"São Paulo Raiway" tinha como objetivo ligar o interior paulista principalmente em jundiaí, até o Porto de Santos, onde era exportado para Europa, o surgimento da companhia foi de interesse dos baroneses do café, que precisava de rapidez para transportar seus produtos até o Porto de Santos. 
Imagem da Construção da ferrovia
São Paulo Raiway









O surgimento das ferrovias no sudeste Brasileiro foi um grande avanço e para conseguir a capital para construção das ferrovias, se necessitava de capital ( Dinheiro ) que era obtido através de empréstimos 

Na ferrovia, houve um grande problema, para o trem chegar até o Porto de Santos, através da ferrovia, tinha uma grande descida na Serra do Mar que ligava São Paulo e o litoral Paulista, e só foi sucedido, através do três sistemas, a partir da Vila de Paranapiacaba.

Além disso a ferrovia foi importante porque além de impulsionar o crescimento da produção e vendas de café no Brasil, contribuiu para o número de empregados na construção,manutenção e funcionamento da ferrovia.




A estação do Valongo foi inaugurada em 16 de fevereiro de 1867.
Ela era a primeira ferrovia paulista, a linha ligava São Paulo e  Santos, realizando o  transporte de produtos principalmente o café.
Ela foi desativada em 30 de novembro de 1996 devido a extinção do transporte de pessoas e foi recuperada em 2003, foi reinaugurada em 23 de janeiro de 2004.  (Luis Valadares)







Em 1889, a Proclamação da República trouxe vários atrativos para estrangeiros que estavam sem perspectiva de melhorias de vida na Europa. Aliada à extinção da escravidão, trouxe muitos imigrantes ao Brasil, que desembarcavam no porto de Santos e seguiam para São Paulo através da ferrovia. Também houve a expansão da cultura cafeeira. Todos esses fatores fizeram com que, mesmo operando 24 horas por dia, o sistema funicular passasse a não dar conta de todo o tráfego.
Em 1895, foi assinado contrato entre o governo e a SPR para duplicação da linha, aquisição de material rodante, construção de novas oficinas e todas as melhorias desde Santos até Jundiaí. O contrato também previa a construção de uma nova linha na serra, preferencialmente de simples aderência. Em dezembro do mesmo ano, foram concluídos os estudos, que mostraram ser impossível a construção da linha de simples aderência devido aos altos custos, que superariam os investimentos propostos pelo governo (3 milhões de libras esterlinas). Tais custos seriam principalmente devido à construção de vários viadutos e túneis.
Em 1896, foi apresentado o relatório da SPR, que incluía as obras do novo funicular, construção da nova estação São Paulo (atual Estação Luz), novas oficinas, pátios e desvios, reforma das estações existentes, substituição dos trilhos, aquisição de material rodante, entre outros.
E foi o que aconteceu. Em 1897, começou a construção do novo funicular. Partindo de Paranapiacaba, vencia 796 m de altitude da serra do mar em 11,031 km de extensão, com rampas máximas de 8%, em 5 planos inclinados. Ou seja, maior distância de percurso porém com rampas menos íngremes. O percurso era paralelo ao do funicular primitivo, um pouco acima.




































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